segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Acesso a rede de esgoto no Brasil


IBGE: 27 milhões de residências não têm rede de esgoto


Pouco mais da metade das residências no Brasil estão ligadas à rede coletora de esgoto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 35,8 milhões domicílios que contam com esse serviço, o correspondente a 57,1% de todo o universo investigado. O dado está presente na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2012).

Em relação a 2011, houve avanço de 2,1 pontos percentuais na proporção de casas com rede coletora de esgoto. Na região Sul, 42,3% das casas tinham essa característica. Por outro lado, do total de domicílios da região Norte, 13% estavam ligados à rede de esgoto.

Ao todo, o IBGE identificou 62,8 milhões de domicílios particulares em 2012. Isso significou um avanço de 2,5% frente aos dados observados no ano anterior. Na região Norte, foi constatada a existência de 4,6 milhões de domicílios, aumento de 3,3% na comparação com 2011. No Nordeste, o total de domicílios cresceu 2,9%, chegando a 16,4 milhões de unidades. A maior parte se concentra no Sudeste. São 27,4 milhões de domicílios, incremento de 2,2% sobre o volume notado no ano anterior.

Do total pesquisado, o instituto identificou que 74,8% eram próprios, percentual semelhante ao que fora observado em 2011. Nesse universo, 69,9% já estavam quitados, e 4,9% em fase de quitação. Outros 17,7% eram alugados, e 7,1% deles estavam cedidos.

O IBGE constatou ainda que 85,4% dos domicílios brasileiros tinham rede de abastecimento de água. Na comparação com 2011, houve um acréscimo de 1,8 milhão de unidades com essas características.

Os serviços de coleta de lixo atendem a 88,8% dos domicílios brasileiros pesquisados pelo IBGE. Na região Sudeste, a coleta de lixo chegava a 96% das residências. Já no Nordeste, essa proporção fica em 76,6%.

Quanto aos serviços de iluminação elétrica, 99,5% dos domicílios brasileiros contavam com tal serviço em 2012, totalizando 62,5 milhões de casas atendidas. Em 2011, tal proporção era de 99,3%. Na região Norte, 97,3% dos domicílios tinham energia elétrica. 


Fonte: terra noticias



domingo, 22 de setembro de 2013

Conheça a bateria que funciona com o esgoto doméstico.

A Geração de energia desta bateria funciona através da ação de micro-organismos (estes presentes no esgoto).
Efluente é capaz de produzir o triplo da energia necessária para tratá-lo.


Conheça uma forma estranha e incomum de bateria: através da ação de micro-organismos, a bateria consegue gerar energia a partir de esgoto (realize o tratamento adequado de seu esgoto, contrate a melhor desentupidora e dedetizadora de São Paulo), esta bateria funciona inclusive para o esgoto doméstico. Quando gasto, o eletrodo que fica imerso na água suja de esgoto só precisa ser exposto ao oxigênio e, em seguida, reinserido na bateria para que ela volte a funcionar.
O professor Yi Cui, da Universidade Stanford dos Estados Unidos, alerta que é necessários reduzir o preço das matéria-primas para tornar esta bateria viável em larga escala. Ele afirma que a “bateria de esgoto doméstico” tem a capacidade de atingir uma eficiência de 20% a 40% maior do que as células de energia fotovoltaicas já existentes.
Em teoria, informa a “PNAS”, a matéria orgânica existente no esgoto doméstico já é suficiente para, por meio de oxidação, gerar até três vezes a energia necessária para tratar o efluente.
Bateria que funciona com esgoto, vaso sanitário, dedetizadora.
Bateria que funciona com esgoto, vaso sanitário, dedetizadora.

Em caso de Entupimento de Esgoto ou entupimento de vaso sanitário realize o desentupimento com a desentupir24h.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Aspectos ambientais e toxicológicos dos metais pesados

Conheça os aspectos ambientais e toxicológicos de alguns metais pesados.

    Arsênio
    • Elemento de ocorrência natural na crosta terrestre;
    • Quando puro apresenta-se acinzentado;
    • Encontra-se, geralmente, combinado com: oxigênio, cloro, enxofre etc;
    • Apresenta-se na forma de compostos orgânicos e inorgânicos, oriundos de fontes naturais e/ou antropogênicas.

    Propriedades físico-químicas
    O Arsênio pertence ao Grupo VA da Tabela Periódica. É um elemento metalóide, cor cinza-prateada e estado sólido cristalino (As) / PA-74,92g/d = 5,72g/cm3 / PF = 817ºC a 28 atm / PE = 613ºC (sublima).
    Compostos químicos
    Arsenato de Cálcio [Ca3(AsO4)2] e o Arsenito de Cálcio [Ca(AsO2)2] são hidrossolúveis, sendo que o arsenato de sódio (Na3AsO4)e o arsenito de sódio (NaAsO2), possuem solubilidade em água mais elevada. O trióxido de arsênico e o ácido arsênico (H3AsO4), são também solúveis na água, sendo que o trissulfeto de arsênico (As2S3) é praticamente insolúvel na água. Quando aquecidos sofrem decomposição, emitindo fumos arsenicais tóxicos.

    A arsina (AsH3), é um gás incolor com odor de alho solúvel na água e pouco solúvel na água, no álcool e em álcalis.
    Exposição humana
    • A exposição humana ao Arsênio (As) poderá ocorrer a partir de fontes naturais e antropogênicas;
    • Pela sua ampla distribuição no ambiente, o homem expõe-se a baixos teores do metal;
    • Os alimentos (peixes e crustáceos) constituem-se na principal fonte de exposição ao Arsênio (As) e quantidades menores são oriundas da água potável e do ar;

    Fontes naturais de exposição
    •  Regiões com elevadas concentrações de As-inorg. na água;
    •  Solos contendo minas de arsênico; com ingestão do metal sob a forma de partículas por crianças;

    Fontes antropogênicas
    • Depósitos finais de rejeitos químicos;
    • Manufatura (fusão) de cobre e outros metais;
    • Combustíveis fósseis;
    • Praguicidas;
    • Raticidas;
    • Usos em tintas, corantes etc.

    Toxicocinética
    Absorção
    Pulmonar: tamanho da partícula, solubilidade e forma química; As+3 é a principal forma presente no material particuladoTGI : superior a 90% tanto como As+3 como As+5Cutânea: dados da literatura inconclusivos

    Distribuição
    • Elevada ligação aos eritrócitos; (3 vezes superiores ao plasma);
    • Baixa ligação às proteínas plasmáticas
    • Deposita-se nos cabelos, unhas (Linhas de Mee's) e pele;
    • As formas inorgânicas atravessam a barreira placentária;
    • Concentrações no cordão umbilical são semelhantes às do sangue materno.
    Biotransformação
    • Fase I : As +5 Þ As +3
    • Fase II : As+3 Þ As+2-CH3 (AMA) Þ CH3AsCH3 (ADA)
    • O ácido dimetilarsínico é o principal produto de biotransformação;
    • A metilação reduz a toxicidade dos compostos;
    • A toxicidade é resultante da limitação da metilação do As.

    Excreção
    • Urina: 10% Arsênico inorgânico; 10-20% Ácido monometilarsínico; 60-80% ácido dimetilarsínico (ácido cacodílico)
    • T1/2 após exposição aguda: 10 horas (As inorgânico), 30 horas (As orgânico);
    • Descamação da pele e suor: Arsênico inorgânico.

    Mecanismos de ação tóxica
    • Efeito tóxico do As é devido principalmente a sua forma trivalente;
    • Possui grande afinidade por grupos sulfidrilas de enzimas e proteínas;
    • Admite-se a redução mitocondrial do As+5 Þ As +3 , que exerceria efeitos tóxicos;

    Efeito tóxico principal

    Inibição da respiração mitocondrial;

    Competição com fosfato durante a fosforilação oxidativa;

    Inibe a conversão de piruvato a Acetil-COA, pela reação com ácido Lipóico;

    Reage com 2-cetoglutárico desidrogenase, impedindo a conversão a Succinil COA, o que desacopla a fosforilação oxidativa e estimula a ATPase mitocondrial.
    Sinais e sintomas da intoxicação
    Efeitos tóxicos agudos
    • Cardiotoxicidade: arritmias cardíacas com evolução a falência cardiovascular;
    • Toxicidade ao TGI: irritação, náuseas, vômitos; semelhantes à água de arroz com odor aliáceo
    • Toxicidade hematopoiética: anemia e granulocitopenia;
    • Neurotoxicidade: perda da sensibilidade periférica.

    Efeitos tóxicos crônicos
    • Hepatotoxicidade: icterícia, cirrose hepática (alterações na estrutura das mitocôndrias);
    • Doença vascular periférica: acrocianose;
    • Neurotoxicidade: periférica e central - alterações sensoriais, parestesia, fraqueza,etc... A neuropatia periférica envolve neurônios sensoriais e motores;
    • Carcinogenicidade: reconhecido com causador de câncer de pele e pulmão em humanos;
    • Outros: Hemangiosarcoma do fígado, adenocarcinoma renal, carcinoma.

    Indicadores biológicos de exposição
    Sangue: avalia exposição recente apenas nos casos de intoxicação aguda;Urina: avalia exposição recente nos casos de intoxicação aguda e crônica;Cabelo: avalia exposição passada, deve-se distinguir de contaminação pelo meio ambiente;Unhas: avalia exposição passada, deve-se distinguir de contaminação pelo meio ambiente;Recomendações para coleta: no último dia da jornada de trabalhoIBMP recomendado pela NR-7/MT/Brasil: As inorgânico na urina: 50m g/g de creatininaVR recomendado pela NR-7/MT/Brasil: As inorgânico na urina: até 10m g/g de creatininaMercúrio          

    Único metal pesado em estado líquido nas CNTP;

    Presente no meio ambiente sob a forma de compostos orgânicos e inorgânicos;

    Responsável por vários casos de intoxicação humana e animal;

    Largamente empregado nos garimpos de ouro da Amazônia;

    O mercúrio é largamente usado nos diversos ramos de atividade humana;
    Fontes naturais: desgaseificação da crosta terrestre e erupções vulcânicas, queima de combustíveis fósseis;Fontes Antropogênicas: mineração (amalgamação do ouro), indústrias cerâmicas, farmacêuticas, instrumentos de medição, elétricos, baterias, soda caústica, produção de cosméticos, manufatura de produtos texteis, etc.
    Exposição aguda
    • Tentativas de homicídio ou suicídio;
    • Acidentes com aparelhos de precisão.

    Exposição crônica
    Ocupacional: garimpagem, fábrica de lâmpadas, odontologia etc.Ambiental: desgaseificação da crosta terrestre, ar e água contendo elevados teores do metal.Alimentos: peixes contendo teores elevados do metal.Medicamentos: medicamentos tópicos e amálgama dentário.
    Toxicocinética
    Absorção

    T.G.I. Hg+2 - 7-15%

    Hg0 - <0,01%

    CH3Hg+ - 90-95%

    PULMÃO: Hg+2 - 7-10%

    Hg0 - >95%

    CUTÂNEA: Hg0 - 15%

    CH3Hg+ 50%
    Distribuição
    • Amplamente distribuídos pelo organismo humano;
    • Secretado pelo leite materno ( 5% dos teores maternos);
    • Rins possuem elevados teores ( exposição a Hg0 e Hg+2);
    • S.N.C. possui elevados teores de organomercuriais ( córtex);

    Passagem pela placenta: Uptake de organomercuriais é 10 a 40 vezes superior aos mercuriais inorgânicos.
    Biotransformação
    • Oxidação do Hg0 a Hg+2 pelas catalases;
    • Clivagem da ligação mercúrio - carbono dos organomercuriais.

    Excreção
    • Hg0 Pequena fração inalterada no ar exalado
    • Urina: Hg+2 Urina ( principal)
    • Fezes: CH3Hg+ Fezes (90%)
    • Urina: quando ionizado
    • t ½ : metilmercúrio : média de 70 dias
    • mercúrio inorgânico: 35- 90 dias

    Mecanismos de ação tóxica
    • Grande afinidade por grupos sulfidrilas constituintes de enzimas e proteínas essenciais ao organismo;
    • Ligação a enzimas microssomais e mitocondriais acarretando injúria celular não específica e morte celular;
    • Patologia de cunho imunológico (glomerulopatia)

    Sinais e sintomas de intoxicação
    • Depressão, fadiga, tremores, parestesias, descontrole motor, perda da memória;
    • Estomatite, dentes soltos;
    • Alucinações, febre;
    • Teratogenia;
    • Redução do campo visual.

    Avaliação da exposição humana
    • Mercúrio inorgânico
    • Urina: Informação de exposição em andamento
    • Válida em exposição contínua, por no mínimo 12 meses;
    • Valor de referência: 3,5 m g/g de creatinina;
    • IBMP/NR-7/MT: 35m g/g de creatinina
    • Sangue: influenciada pelo consumo de alimentos;
    • IBMP/ACGIH/USA: 15m g/L
    • Organomercuriais;
    • Sangue: atualmente empregado;
    • LTB/ACGIH/USA: 10m g/dL
    • Cabelo: empregado na avaliação de exposição ambiental;
    • distinguir de exposição ocupacional;
    • valores de referência 1,0m g/g

    Cádmio         

    Elemento naturalmente presente na crosta terrestre;

    Coloração branco prateada;

    No meio ambiente encontra-se associado ao oxigênio, cloro ou enxofre.
    Propriedades físico-químicas

    Pertence ao grupo IIB da Tabela Periódica / Possui elevada pressão de vapor;

    PF = 320,90C / PE = 7650C/ Oxida-se rapidamente no ar em forma de vapor produzindo CdO / Dissolve-se em soluções ácidas e no NH4NO3;

    Sulfetos, carbonatos e óxidos são quase insolúveis na água, ao passo que os nitratos, halogenatos e sulfatos são hidrossolúveis.
    Exposição humana ao cádmio
    Alimentos: frutas, bebidas, vegetais e batata;Fumaça do Cigarro: 2 a 40 ppb ( 1-3m g/dia);Indústrias:
    • Produção de ligas metálicas;
    • Praguicidas;
    • Equipamentos elétricos (transistores, baterias, etc.);
    • Produção e uso de tintas;
    • Produção de plásticos;
    • Trabalhos de Impressão.

    Exposição aguda
    • Tentativas de homicídio e suicídio;
    • Ingestão acidental de alimentos e bebidas com altos teores do metal;

    Exposição crônica
    Ocupacional: galvanoplastia, soldagens, baterias, etc.Ambiental: Cigarros e ar de regiões contaminadas pelo metal;Alimentar: carnes, frutas e peixes ( 1- 50 m g/Kg) elevadas concentrações em mariscos.
    Toxicocinética
    • Absorção via respiratória:
    • Aerossóis, poeiras e fumos;
    • Absorção estimada em 0,1 a 50%;
    • Influenciada pelo tamanho e propriedades químicas.

    Absorção via cutânea:
    • Insignificante, necessita de maiores estudos;
    • TGI, 3 a 7% são absorvidos;
    • Mãos contaminadas e depuração de partículas da via respiratória.
    Distribuição
    • Eritrócitos ligado a metalotioneínas;
    • Ligação a outras proteínas de elevado peso molecular;
    • 40-80% deposita-se no fígado e rins (1/3);
    • 20% deposita-se nos músculos;
    • t ½ :10 a 30 anos;
    • Pouca passagem pela placenta que possuí

    Excreção
    • Urina: principal via de excreção;
    • Fezes: fração não absorvida
    • Mecanismos de ação tóxica
    • Danos renais;
    • Danos ósseos;
    • Danos ao sistema cardiovascular.
    Sinais e sintomas de intoxicação
    Intoxicação aguda: transtornos gastrintestinais, traqueobronquite, pneumonia e edema pulmonar (óbito por doença pulmonar > 20%)Intoxicação Crônica: transtornos gastrintestinais, anemia, eosinofilia, descoloração dos dentes, enfisema pulmonar, hipertensão arterial, danos ao miocárdio, doença renal.
    Diagnóstico da intoxicação
    Urina: útil após 06 meses de exposição crônica, quando indica a exposição recente;
    Sangue:
     indica apenas exposição recente;
    B2 microglobulina:
     evidencia lesões precoces nas células renais;
    Metalotioneínas e proteína ligada ao retinol:
     faltam estudos complementares;
    VR- NR-7/MT/Brasil:
     2m g/g de creatinina;
    IBMP- NR-7/MT/Brasil:
     5m g/g de creatinina;
    VR-ACGIH/USA:
     0,6 m g/L de sangue;IBMP- ACGIH/USA: 5 m g/L de sangue.
    Chumbo           

    Metal largamente empregado pelo homem desde tempos antigos;

    As concentrações de chumbo no organismo humano decaíram após a retirada deste da gasolina;

    A exposição humana ocorre por fontes naturais e antropogênicas.

    Propriedades Físicas e Químicas


    É um metal dúctil, maleável, de cor prateada ou cinza-azulada, resistente à corrosão / Pertence ao grupo IV-B da Tabela Periódica;

    PA = 207,2g/ d = 11,35g/cm3 a 200C / PF = 327,50C / PE = 17400C;

    Em alguns países, o Pb (C2H5) e o Pb (CH3)4 ainda são usados como aditivos de combustíveis, sendo que estes compostos apresentam lipossolubilidade.
    Exposição humana ao chumbo
    Fontes Naturais:
    Fontes Antropogênicas:
    • Mineração, fundição e refino de Pb e outros metais;
    • Indústrias petrolíferas;
    • Indústrias de cerâmicas: utensílios domésticos;
    • Mecânica de veículos;
    • Produção de vidro e produtos de borracha;
    • Produção de tintas ( brinquedos) e produtos cosméticos;
    • Encanamentos de água;
    • Construção civil.

    Exposição Aguda
    • Tentativas de homicídio e suicídio;
    • Ingestão acidental de alimentos e bebidas com altos teores.

    Exposição Crônica
    Ocupacional: galvanoplastia, soldagens, baterias, petrolífera, cerâmica, cabos, tubulações e munições etc.
    Ambiental:
    tintas, água e ar de regiões contaminadas pelo metal;
    Alimentar:
     alimentos e água com elevados teores do metal.
    Toxicocinética
    TGI: adultos estimada entre 5 a 15%; crianças é estimada entre 30 a 40%;

    absorção é favorecida pela redução da ingestão de Ca e Fe;
    Pulmão: particulado, poeiras e pós;
    • influenciada pelas concentrações no ar e propriedades físico- químicas do material;
    • partículas com diâmetro inferior a 5m m são absorvidas em frações superiores a 90%.
    Cutânea: elevada absorção de compostos orgânicos de chumbo
    Distribuição
    • Ossos: t ½ de até 20 anos;
    • Elevadas concentrações ( superiores a 50%);
    • Remoção lenta;
    • Aumenta a concentração com o passar da idade;
    • Durante a vida: concentração é de 200 a 500mg;
    • Mobilizado: gravidez, osteoporose, etc.
    • Tecidos moles: reduzida t ½ de 35 dias;
    • Cérebro: hipocampo, cerebelo e medula.

    Excreção
    • Filtração glomerular;
    • Há reabsorção tubular;
    • Em elevadas concentrações há transporte transtubular.
    • Mecanismos de ação tóxica
    • Neurotoxicidade;
    • Nefrotoxicidade;
    • Toxicidade para o sangue.

    Intoxicação Crônica
    Alteração encéfalo - polineurítica: encefalopatia- alterações subclínicas sensoriais e das funções psicomotoras ( disfunção visual, mudança de personalidade, etc)Alteração astênica: fadiga, dor de cabeça, insônia, dores musculares, parestesia e paralisia dos músculos tensoresAlteração hematológica: anemia hipocrômica moderada com microcitose, reticulocitose e aumento dos pontos basófilos nos eritrócitosAlteração renal: nefropatia não específica, proteinúria, aminoacidúria, uricacidúria, etc.Alterações cardiovasculares: miocardite crônica, aterosclerose precoce com alterações cerebrovasculares e hipertensão.Alterações hepáticas: hepatite tóxicaAlterações gastrintestinais: cólicas satúrnicas (espasmos musculares devido a irritação vagal) anorexia, constipação ou diarréia.
    Diagnóstico da intoxicação
    Chumbo no sangue: Correlaciona-se com as concentrações no ar;
    • Avalia exposição recente;
    • Valor de referência 40m g/100mL;
    • BMP: 60m g/100mL
    Chumbo na urina: Avalia exposição recente;
    • Pouco exato;
    • Interferentes: fatores ambientais, dieta, ingestão de líquidos e função renal;
    • IBMP: 100m g/g de creatinina.
    Zinco protoporfirina: Boa correlação com o chumbo no sangue;
    • Tempo elevado entre exposição e aumento nos teores;
    • Após exposição permanece por longo tempo elevada;
    Interferentes: anemia hemolítica,deficiência nutricional de Fe, protoporfirina eritropoiética;
    • Valor de referência: 40m g/100mL;
    • IBMP: 100m g/100mL.
    ALA Urinário: Indicador biológico de efeito crítico;Interferentes: porfiria intermitente, tirosinemia hereditária.
    • Valor de referência: 4,5mg/g de creatinina;
    • IBMP: 10,0mg/g de creatinina

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    Manganês
    É um metal de cor cinza, sendo mais duro e quebradiço que o Fe / Pertence ao Grupo VII-B da Tabela Periódica / PA = 54,938g/ d = 7,21 a 7,40 g/cm3 (dependendo de forma alotrópica) / PF = 1.2600C / PE = 19620C / Apresenta boa solubilidade em ácidos inorgânicos diluídos.

    Os óxidos, carbonatos e silicatos são os mais abundantes na natureza; apresentando insolubilidade na água. O MnCl2 é pouco hidrossolúvel .

    O composto denominado ciclopentadienila tricarbonila de manganês [MCT, C2H5 - Mn(Co)3] é pouco solúvel na água e muito solúvel na gasolina, óleo e álcool etílico.

    O minério de Mn de maior ocorrência na natureza é a pirolusita, com 40% a 80% de MnO2, e, sua extração é uma importante fonte de exposição: ligas Fe/Mn e Fe/ Si/ Mn, fósforo de segurança, pilhas secas, ligas não ferrosas (Cu e Ni), esmalte porcelanizado, fertilizante, fungicidas, rações para animais, eletrodos para solda, catalisadores, vidros, tintas, cerâmica, materiais elétricos e produtos farmacêuticos.

    As exposições ocupacionais mais significativas ocorrem pelos fumos e poeiras do Mn.

    Nas exposições ocupacionais, a principal via de introdução e absorção de manganês é o trato respiratório.

    No sangue, o manganês encontra-se principalmente nos eritrócitos, e sua concentração é cerca de 20 a 25 vezes superior à plasmática. Encontra-se em níveis mais elevados, no fígado, conjugado aos sais biliares.

    Também são encontrados níveis relativamente elevados nos pulmões, rins, glândulas endócrinas (tireóide, pituitária, supra-renais), intestino delgado e testículos.

    O manganês atravessa a barreira hematoencefálica.

    Os ossos e o cérebro são sítios de eliminação mais lenta.

    A principal via de eliminação é a biliar, e, ela parece ser o principal mecanismo regulador dos níveis de manganês nos tecidos.

    Meia vida biológica de 37 dias.
    Mecanismo de ação tóxica

    Comprometimento do sistema extrapiramidal;

    Semelhança com o parkinsonismo.

    Sinais e sintomas de intoxicação

    Anorexia, cefaléia, insônia e fraqueza geral;


      Manifestações extrapiramidais: distúrbios da fala e redução da habilidade nos movimentos finos;

      Alterações neurológicas e psicomotoras: hipertonia muscular, astenia, parestesias, dores musculares, alteração da fala e da libido.
      Diagnóstico laboratorial

      Determinação da manganúria:

      Valores de referência: 1 a 10ug/mL

      (Conteúdo das apostilas do Curso Aspectos Ambientais e Toxicologicos dos Metais Pesados, ministrado por Geraldo de Assis Guimarães e José Luiz Vieira (autor das apostilas) realizado na SEPAT-PA do CREA-PA nos dias 15 e 16 de dezembro de 2000).
      Autor: Prof. Geraldo de Assis Guimarães
    http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/artigos/aspectos_ambientais_e_toxicologicos_dos_metais_pesados.html